O RENTISMO E SUAS FORMAS DERIVADAS NA REPRODUÇÃO DO CAPITAL ATRAVÉS DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2024.82866Palavras-chave:
imobiliário; infraestrutura; condições gerais; rentismo.Resumo
Este trabalho pretende discutir aspectos fundamentais da reprodução do capital através do ambiente construído e alguns de seus desdobramentos contemporâneos. Não à toa, a incorporação do ambiente construído como lócus de acumulação se deu apenas com desenvolvimento mais avançado do capital como força social. Os elementos que o constituem materialmente (imobiliário, infraestruturas e outros tipos de capital fixo de consumo coletivo) demandam condições específicas de produção e circulação que os distinguem de outras mercadorias. Assim que a produção total do espaço em favor da acumulação demanda ainda outro aprofundamento dessas relações que podem conferir-lhe o papel de realização e distribuição (disputa) da totalidade da riqueza social. Este trabalho pretende pôr em evidência teoricamente tais condições específicas de produção e circulação – de acumulação através – do ambiente construído. Retoma-se uma breve digressão, como Marx a chama nos Grundrisse, que aponta para a especificidade da produção de infraestruturas por um capital cotizado e portador de juros para articula-la com as designações do imobiliário e do ambiente construído em geral, diante e através do capital financeiro. Ao longo das discussões, o rentismo se consolida como forma fundamental de remuneração capitalista no ambiente construído que ganha ainda mais forças pela vinculação com o universo das finanças. É dele também que derivam outras possibilidades de circulação imediata da posse e da propriedade (pela capitalização das rendas) destas mercadorias particulares, que se alternam e metamorfoseiam de acordo com a transformação das próprias condições gerais de produção e circulação que as sustentam.
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