ANÁLISE DOS PÓRTICOS COMO SÍMBOLOS E MARCAS DE IDENTIDADES DIRECIONADAS AO MERCADO TURÍSTICO COM BASE NOS EXEMPLOS DE PETRÓPOLIS E ARMAÇÃO DOS BÚZIOS
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2022.51496Palavras-chave:
pórticos. Monumentos. Símbolos. Marcas. TurismoResumo
Introdução: A espacialização da atividade turística pressupõe, não raras vezes, a construção de uma imagem representativa daquela localidade como destino. Em diversos casos, a consolidação dessa síntese passa pela monumentalização de estruturas marcantes na paisagem. Tais elementos são projetados para se firmar enquanto símbolo identitário local. A construção do estudo passa pela caracterização dos pórticos enquanto símbolos de uma identidade forjada por determinados grupos, mas com capacidade de evocar uma identificação global daquela localidade; sua inserção na paisagem enquanto parte de uma efetiva política locacional, componente de uma organização espacial seletiva; além de sua monumentalidade como parte da territorialização de determinados atores, dotando o espaço de perfil adequado à exploração do turismo e/ou veraneio. Objetivos: Concebendo os pórticos turísticos como elementos estruturados sob a lógica da construção e/ou consolidação de uma imagem, pretendemos compreender como se materializa o trabalho de os caracterizar como marca de determinada área turística, exemplificando o fenômeno com um estudo focado nos municípios fluminenses de Petrópolis e Armação dos Búzios. Métodos: Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa baseada em análise teórica e documental norteada pelo objetivo de propor uma revisão de literatura alinhada a avaliação da materialização do processo nas municipalidades selecionadas. Resultados: Ao constatarmos que tanto em Petrópolis quanto em Armação dos Búzios os pórticos são utilizados pelo trade turístico e pelo poder público como um símbolo ou mesmo um resumo do perfil municipal, compreendemos que há uma relação entre a territorialização dos pórticos associada a uma política locacional e a uma estetização simbólica da paisagem, estando em consonância com questão inicial que motivou o estudo. Conclusão: A título de apontamentos finais, consideramos importante evidenciar que os pórticos não devem ser analisados isoladamente, mas como parte de uma estratégia organizacional do espaço que objetiva satisfazer os interesses dos grupos política e economicamente hegemônicos, o que tem sido especialmente visível no caso de políticas públicas baseadas no chamado empreendedorismo urbano, que tem no desenvolvimento do turismo um de seus principais argumentos.
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