OCUPAÇÃO DAS ENCOSTAS E A FORMAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO A MOVIMENTOS DE MASSA EM BLUMENAU-SC
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2016.16695Palavras-chave:
ocupação urbana, áreas de risco, movimentos de massa, encosta, Blumenau.Resumo
doi: 10.12957/geouerj.2016.16695
A presente pesquisa tem como tema principal a formação das áreas de risco a movimentos de massa no município de Blumenau - SC. Desta forma, a ocupação do espaço urbano é analisada como fator condicionante a formação de áreas de risco com a ocupação de encostas íngremes. Blumenau registra um modelo de ocupação que se forma a partir do avanço sobre áreas de fundo de vale, com lotes paralelos uns aos outros onde cada terreno apresenta uma estreita porção com acesso à drenagem e seu comprimento se estende em direção à montante. Esse processo, que se diferencia das demais áreas de colonização luso-brasileira, resulta numa mancha urbana linear seguindo a rede de drenagem com poucas vias de ligação entre si. Este modelo de ocupação buscava se adaptar à limitação imposta pela topografia, devido à escassez de áreas planas e predomínio dos vales profundos com rios encaixados, indicando forte controle da estrutura geológica. Após a década de 1930 a ocupação avança à encosta, assumindo um caráter mais urbano com a industrialização que se consolidava como principal atividade regional. A limitação imposta pelo meio faz surgir um espaço urbano marcado pela presença de taludes de corte e aterro excessivamente íngremes que induzem a ocorrência de acidentes como ocorridos em 2008 e 2011. A ocupação improvisada das encostas, muitas vezes em áreas irregulares que ultrapassam o perímetro urbano municipal, constitui o maior desafio para o planejamento urbano municipal neste início de século.
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