ESPECIALIZAÇÃO E RUPTURA: DUAS FACES DO PROGRESSO CIENTÍFICO EM THOMAS KUHN
DOI:
https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2021.52705Resumo
Em sua obra capital, A Estrutura das Revoluções Cientificas, Thomas Kuhn inaugura uma noção muito própria do progresso científico. No presente artigo, é exposta tal concepção de progresso a partir tanto de uma primeira contextualização histórica inicial, quanto de um sobrevoo pelos principais conceitos da obra mencionada. Para tanto, faz-se uso não apenas de seu escrito mais famoso, mas também de trabalhos posteriores do autor, bem como textos de comentadores e estudiosos do tema. Em um primeiro momento serão apresentados os aspectos gerais da chamada ciência normal, com ênfase na noção de progresso cumulativo, adicionando, por parte dos autores, um exemplo contemporâneo de tal forma de progresso. Em seguida, discorre-se a respeito do processo de ruptura entre a tradição normal e um novo modelo de ciência, processo chamado de revolução científica. A pesquisa resulta na defesa da ideia que o progresso quantitativo — presente nos períodos de desenvolvimento da ciência normal — e o salto qualitativo presente nas mudanças de paradigma ocorridas nas revoluções científicas são processos complementares da mesma estrutura, através da qual o desenvolvimento histórico da ciência tem lugar.
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