A SEMÂNTICA: DA LIBERDADE DAS PALAVRAS NO LÉXICO E NO DISCURSO ÀS REGRAS NA GRAMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.12957/ecoling.2015.33141Palavras-chave:
Significação, Léxico, Discurso, Língua, GramáticaResumo
Este artigo parte da noção básica de que a Semântica é a ciência do sentido.
Dessa forma, tudo o que disser respeito às maneiras pelas quais o ser humano
se comunica, produzindo e recebendo sentido, deve ser contemplado por essa
ciência. Uma vez que a linguagem, atributo humano, produz comunicação por
meio das palavras, é necessário que esse mesmo mecanismo produtor esteja
sempre como foco das preocupações das análises semânticas. Sabemos que
existem aliados à palavra outros signos (nem sempre linguísticos, mas também
semióticos) que também merecem, portanto, atenção. Além disso, os estudos
que levam em consideração a linguagem como ato ou ação (a Pragmática e o
valor que empresta à noção de “situação”) são de valor capital aos estudos da
Semântica, uma vez que não se alcança a integridade do sentido sem que se
encareçam essas contribuições. A natureza do discurso e do texto, formas muito
próximas e nem sempre com distinção discreta, deve também ser pesquisada,
uma vez que a ideia de “contexto” é fundamental para a busca de sentidos. Por
fim, as próprias noções gramaticais de morfologia e sintaxe, partes menores
do texto e do discurso, fundamentam a produção e a recepção de sentidos,
tornando-os suscetíveis de serem analisados à luz de regras (gramaticais) que
permitem que um idioma, expressão concreta da linguagem e da comunicação
humanas, se perfaça.
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