Sobre a Revista

Foco e Escopo

O periódico Ecos de Linguagem é uma publicação científica, semestral, que objetiva promover o debate sobre as temáticas vinculadas às linguagens, semióticas e seus ecos nos diversos domínios de saber. Nessa perspectiva, o periódico se caracteriza por alguns aspectos importantes, como:

1- O multilinguismo que, em tempos de mundialização, aproximar culturas implica conhecer a língua do outro mediante a abertura do leque da semiosfera, para melhor compreender o pensamento humano. Nesse sentido, de acordo com Balboni (2005)[1], “é necessário saber dinamarquês para se inserir em Copenhagen” e “o hábito da diversidade leva à paz [enquanto] a ignorância da diversidade leva a destruir o diferente, ou quem seja considerado como tal”[2]. Ao compartilharmos dessa visão, temos a expectativa de incentivar a leitura de textos em diversas línguas, pois sabemos que cada uma é plural em sua aparente – e só aparente – singularidade. Além disso, buscamos oferecer elementos intratextuais e intertextuais para colocarmos no limite as traduções, que, embora imperfeitas (SEDDA: 2012)[3], são necessárias para a aceitação dos espaços existentes entre as culturas, uma vez que cabe ao tradutor, em sua atividade singular de percepção e criação, buscar soluções sígnicas equivalentes da língua de partida na língua de chegada.

 

2- A valorização e difusão da Língua Portuguesa como língua comum, uma vez que não abrimos mão de oferecer aos leitores a Flor do Lácio, nossa língua pátria, e, para muitos, materna, cujo lugar ocupa com desenvoltura; não perdemos de vista o reconhecimento do outro, através de sua língua e cultura, como uma das possibilidades de reconstrução da identidade nacional brasileira.

 

3- A presença de Equipe editorial dinâmica dado que, a cada número, são convidados organizadores específicos e especializados nos temas e na língua estrangeira em que esses temas serão apresentados.

 

Mais do que uma troca de especialidade, buscamos a interação e o treinamento de docentes, técnicos e estudantes em diversos níveis de formação desde o processo de idealização até a composição de cada número, mediante o envolvimento de editores, organizadores, autores, tradutores, autores-tradutores, revisores, designers e diagramadores, propiciando livre acesso à circulação do saber produzido pelas universidades.

 

Por fim, urge agradecermos a toda nossa equipe que, forte, organizada, resiliente, austera e cônscia das dificuldades que nos são impostas no dia a dia do trabalho editorial, especialmente estando alocado em uma universidade, que sofre o impacto das crises socioeconômicas nacionais, mantém-se firme no trabalho, investindo-o de valores.



[1] BALBONI, Paolo. Quando la vecchia Europa si offre un quadro di riferimento. In It, n. 15, p.2-3. Perugia: Guerra Edizioni, 2005.

[2] Tradução de Carmem Praxedes do original em Italiano: [...] serve il danese per inserirsi a Copenaghen. [e] l’abitudine della diversità porta alla pace, l’ignoranza della diversità porta a distruggere il diverso o chi viene ritenuto tale.

[3] SEDDA, Franciscu. Traduções imperfeitas. Notas para uma semiótica das culturas. Tradução de Carmem Praxedes. In: SIMÕES, Darcilia (org.). Diálogos intersemióticos II. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2011, p. 239-54. Disponóvel em www.dialogarts.uerj.br/admin/arquivos_tfc_lingua/coloquio_dialogos_intersemioticos_1.pdf

 

Processo de Avaliação pelos Pares

A avaliação é cega e feita por pares. Os textos que estiverem dentro das normas da publicação, considerando a temática de cada número, a correção linguística, a normalização, a organização das seções, a identificação da filiação e formação acadêmica serão enviados para os avaliadores. Todos os textos deverão ser identificados, inclusive os traduzidos e vertidos, mesmo quando a tradução for feita pelo próprio autor do texto de partida ou tenha sido feita por escritório de tradução, de modo a respeitar os direitos à propriedade intelectual de todos os envolvidos. Cada texto será inicialmente avaliado por dois avaliadores, cabendo a um terceiro a arbitragem, quando necessária. Os autores têm acesso, mediante solicitação, aos pareceres exarados, sem identificação dos avaliadores. O tempo máximo para a emissão do parecer é de 7 (sete) dias úteis. Os avaliadores são recrutados entre os profissionais atuantes nas áreas envolvidas no Brasil e no exterior. Solicita-se aos autores acompanharem o cronograma do número para o qual encaminharam seus textos e que aguardem o período de 1 (um) mês  para terem acesso aos pareceres.

Periodicidade

Semestral.

Política de Acesso Livre

Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.

Histórico do periódico

Vinculada ao Laboratório Multidisciplinar de Semiótica (LABSEM UERJ), a revista Ecos de Linguagem começou a ser idealizada em 2008 e teve seu primeiro numero publicado em 2012. A partir de então passou a publicar semestralmente números bilíngues sempre voltados para difusão de pesquisas acadêmicas na área das letras em geral.