DISCOS, MÁQUINAS FALANTES E OUVINTES NO RIO DE JANEIRO DOS ANOS 20
Résumé
Esse artigo tem como objetivo compreender os discos e a fonografia de modo
geral a partir de uma perspectiva histórica e social, enfatizando algumas crenças
e usos que marcaram o início da massificação dessa tecnologia na então capital
do Brasil. Para isso, lançaremos mão da seção “Discos e machinas falantes” do
jornal O Paiz, primeiro espaço da imprensa periódica brasileira inteiramente
dedicado ao assunto, com o intuito de delinear a maneira como uma parcela dos
ouvintes apreendia e consumia essa novidade moderna. Desse modo,
buscaremos traçar uma perspectiva diferente dos lugares comuns que, por um
lado, situam o desenvolvimento da fonografia necessariamente junto à expansão
da música popular urbana e, por outro, ignoram os modos de uso do disco no
início do século 20, sua forma, deixando de lado as especificidades históricas e
sociais que nos distanciam das práticas de escuta ligadas àquelas tecnologias de
reprodução sonora.
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