Coreografia para dias de enxaqueca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/concinnitas.2021.51552

Resumo

Um corpo posa nu para a câmera. Do outro lado da lente é este mesmo corpo que calcula a distância focal, a abertura do diafragma e velocidade do obturador; configura o disparo para cinco segundos e anda um pouco apressado, um pouco arrastado por conta dos vários dias de dor que o acomete. Verifica a marcação do chão para condizer com o foco pré-configurado, olha para a lente para garantir que está centralizado. Então ombros, costas, mãos, rosto e estômago se deixam entregar a essa coreografia da dor repetida à exaustão ao longo dos anos.

A série de fotografias são autorretratos realizados durante uma crise de enxaqueca e pretende funcionar como um ritual de cura. Transformar as impossibilidades que a enxaqueca gera no corpo, através do processo artístico, em uma linguagem. Um novo modo de expressão do corpo, suas dores e formas de sobrevivência.

Biografia do Autor

Lorena Galery Batista, UDESC

Mestranda em Artes Visuais, na linha de Processos Artísticos Contemporâneos da Universidade do Estado de Santa Catarina (2019-Atual). Possui graduação em artes visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013), com especialização em artes gráficas e fotografia.

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Publicado

2021-06-06

Como Citar

Galery Batista, L. (2021). Coreografia para dias de enxaqueca. Revista Concinnitas, 22(40), 371–377. https://doi.org/10.12957/concinnitas.2021.51552

Edição

Seção

Trabalhos de Arte