Procissão

Autores

  • Nathan Braga UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/concinnitas.2019.47980

Resumo

O tríptico apresentado atravessa claramente as noções de tempo e da experiência da morte enquanto potência que não se cumpriu. Na literatura e filosofia francesa existe a expressão “fuite du temps” que pode ser traduzida como “fuga do tempo”. Aqui, o artista propõe a dilatação do tempo como celebração da memória, de forma que as fotografias, originalmente de festas de aniversário, constroem uma narrativa que mistura signos festivos com signos fúnebres e olhares distantes, premonitórios. Todos os relógios marcam o mesmo horário: 06:40h. Essa é a hora que consta no atestado de óbito da mãe do artista, que veio a falecer um mês depois do aniversário de 7 anos dele, representado no terceiro relógio, o relógio com o vidro quebrado. Procissão provém de “procedere”: “para ir adiante”.

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Publicado

2020-01-30

Como Citar

Braga, N. (2020). Procissão. Revista Concinnitas, 20(36), 356–357. https://doi.org/10.12957/concinnitas.2019.47980

Edição

Seção

Trabalhos de Arte