O Pensamento Mestiço, Serge Gruzinski

Autores

  • Isabel Frade UERJ

Resumo

Publicado no fim de 2001, o trabalho de Gruzinski trouxe novos ares aos estudos culturais. O pensamento Mestiço é cativante. Texto denso, porém fluido, escrito com estilo. O objeto de investigação é, à primeira vista, matéria irrelevante para os temas da história da arte: obras de qualidade estética duvidosa, produtos de encomenda católica aos índios nahua no México colonial; Gruzinski debruça-se sobre pinturas murais num maneirismo reciclado com imagéticas autóctones. No entando, o autor vai, pouco a pouco, desvelando o processo de criação das obras, esmiuçando  cada um dos elementos da composição na reconstrução de seus conteúdos manifestos ou subliminares. Cada obra adquire, a partir de sua leitura, riqueza e complexidade antes opacas ao olhar leigo. O que aguça o interesse do leitor, agora desperto, é a revelação dos aspectos híbridos de uma imagética ameríndia que se insinua em representações religiosas ou seculares dos meios europeus transposta pelos colonizadores espanhóis.

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Publicado

2019-10-08

Como Citar

Frade, I. (2019). O Pensamento Mestiço, Serge Gruzinski. Revista Concinnitas, 1(4), 243–250. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/concinnitas/article/view/42767

Edição

Seção

Críticas de Arte & Resenhas