Moedas sociais, bancos comunitários e financeirização: imbricações com o caso da Moeda Arariboia em Niterói
DOI:
https://doi.org/10.12957/cdf.2025.90430Palabras clave:
moeda social, banco comunitário, economia solidária, Moeda Arariboia, financeirizaçãoResumen
O texto tem como objetivo abordar características das moedas sociais, instrumento que tem adquirido considerável espaço no Brasil nos últimos anos. No contexto de crescimento das moedas sociais, é tarefa significativa trazer à luz aspectos e considerações sobre a economia solidária, bem como se mostra necessário realçar a função nevrálgica que desempenham moedas sociais e bancos comunitários no combate à exclusão financeira. Entretanto, é dever que cabe a esta pesquisa tecer críticas e salientar que bancos comunitários e moedas sociais não se mostraram capazes de subverter a lógica do dinheiro imposta por um capitalismo cada vez mais financeirizado. O caso da Moeda Social Arariboia se revela, então, um exemplo adequado para exibir as limitações inerentes a moedas sociais e bancos comunitários, que têm se transformado, gradativamente, em mecanismos de política de transferência de renda.
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