Eficiência na alocação de recursos nas unidades de saúde do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.12957/cdf.2025.89379Palavras-chave:
Eficiência em Saúde, Gestão de Recursos, Atenção Primária, Equidade no SUS, Políticas PúblicasResumo
A alocação eficiente de recursos é essencial para garantir a equidade e a qualidade dos serviços de saúde, especialmente no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo analisa a eficiência operacional das unidades de saúde do município do Rio de Janeiro, considerando as desigualdades regionais na distribuição de recursos humanos e estruturais entre as Áreas Programáticas (APs). Utilizando uma abordagem quantitativa baseada em Análise Multinível e Análise Envoltória de Dados (DEA), foram avaliados indicadores de produtividade, resolutividade e tempo de espera. Os resultados demonstram que as APs 3.3 e 5.1 apresentam menor eficiência operacional, enquanto unidades localizadas na AP 2.1 apresentam melhor desempenho, sugerindo que fatores como infraestrutura, disponibilidade de profissionais e informatização influenciam significativamente os resultados.
Com base nos achados, recomenda-se a implementação de estratégias para reequilibrar a distribuição de equipes, expandir o uso da telemedicina, investir na digitalização dos serviços e fortalecer a atenção primária. A análise destaca a importância de políticas públicas baseadas em evidências para otimizar a alocação de recursos e reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde. Além disso, sugere-se a realização de estudos futuros para avaliar o impacto das políticas implementadas e explorar modelos alternativos de financiamento que possam melhorar a eficiência do SUS.
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