Análise epidemiológica das intoxicações exógenas no Triângulo Mineiro
DOI:
https://doi.org/10.12957/bjhbs.2019.53511Abstract
Introdução: As intoxicações exógenas são problemas de saúde
pública e são desencadeadas de forma acidental ou proposital.
Geram importante impacto na saúde de populações, podendo
levar ao óbito. Objetivo: Observar o padrão de apresentação
dos casos de intoxicação exógena na região do Triângulo
Mineiro, Minas Gerais, Brasil. Analisar os casos nos 35 municípios
que compõem a região da Federação e contribuir para
o enriquecimento da literatura vigente. Materiais e métodos:
estudo transversal, descritivo, com análise quantitativa dos
dados obtidos por meio da ficha de notificação do Sistema de
Agravos de Notificações do Ministério da Saúde (MS) do Brasil,
de janeiro de 2009 até dezembro de 2018. O processamento dos
dados foi feito pelo Tabwin 3.2 e, para a tabulação, foi utilizado
o Microsoft Excel. Resultados: Foram registrados 10.282 casos
de intoxicação exógena na região, sendo que, no ano de 2018,
foi registrada a maior incidência. O município de Uberlândia
tem a maior frequência de casos, e o de Monte Alegre apresenta
a maior incidência. Enquanto Uberaba tem a maior frequência
de óbitos, Limeira do Oeste apresenta a maior incidência. O
sexo mais acometido é o feminino, sendo os medicamentos
a causa mais comum. O principal objetivo encontrado é o
autoextermínio para os adultos e o acidental para as crianças.
Conclusão: Conhecer o padrão epidemiológico de um agravo
em saúde possibilita que a atuação de prevenção, a promoção e
o reparo à saúde sejam planejados de maneira particularizada.
Para os casos de intoxicação exógena na região, é interessante
observar que o suicídio e a forma acidental assumem papel
preponderante, com peculiaridades de métodos para cada
uma delas.
Descritores: Envenenamento; Substâncias Tóxicas; Substâncias,
Produtos e Materiais Tóxicos.
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