Desconstrução e tipografia digital
Resumo
Tradicionalmente, tem-se concebido a escrita como apenas uma ferramenta para o registro de pensamentos e discursos verbais. Até mesmo Saussure, o pai da lingüística moderna e da semiologia, não conseguiu se livrar desse preconceito, conforme demonstrou Derrida. Todavia, muitos artistas plásticos, poetas e designers gráficos vêm tentando há tempos demonstrar o potencial do design tipográfico para provocar emoções e indicar relações, indo além de sua função simbólica e notacional, tendência esta que data principalmente da produção de cartazes litográficos no final do século XIX. Com o surgimento do Modernismo, a visão logocêntrica da escrita passou a prevalecer entre os designers gráficos europeus e depois expandiu-se mundo afora devido em grande parte aos movimentos racionalistas que deram origem, após a Segunda Guerra Mundial, à chamada escola suiça de design, cuja abordagem minimalista se tornou influente no mundo inteiro sob a denominação de Estilo Internacional. Foi somente na década de 1980, com o aparecimento do computador gráfico pessoal e com a difusão da teoria desconstrutivista entre estudantes de design gráfico, que a tipografia pôde manifestar todo o seu potencial comunicativo, visto que foram enfatizados pelos novos designers digitais os seus aspectos icônicos e indiciais, em adição às suas características simbólicas, permitindo a re-introdução do sujeito e sua história na prática retórica do design
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