ABALOS NO CORPO, A IMINÊNCIA DE UM MONSTRO? O CIBORGUE EM NEUROMANCER, DE WILLIAN GIBSON
Conteúdo do artigo principal
Resumo
No presente artigo investigamos de que modo o corpo das personagens funciona como condição de existência dos espaços que são dados a ver na obra literária Neuromancer, escrita por Willian Gibson. Por outro lado, notamos que o status dos espaços depende do corpo, que, por sua vez, é determinado por esses espaços, os quais fazem com que a esse corpo sejam associadas instâncias que fogem ao que trivialmente chamamos de natural. Nesse “entre lugares” dos espaços, vemos a iminência fantástica do corpo ciborgue, convergindo matéria orgânica com o maquínico, e, dessa forma, configura-se o que parece ser uma espécie de monstruosidade. Para realizarmos essa leitura, utilizamos algumas noções postuladas por Michel Foucault (2013b) em torno da literatura enquanto ser de linguagem, e outras postuladas também por Foucault (2001) e por Jacques Derrida (1971) sobre a monstruosidade de acordo com o domínio jurídico-biológico.
Detalhes do artigo
Os conteúdos da Revista Abusões estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.