HOFFMANN E O CONTO FANTÁSTICO PORTUGUÊS
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Resumo
Apesar de ser autor de uma obra vasta, E. T. A. Hoffmann é mais conhecido como um dos grandes precursores do conto fantástico. É objetivo deste trabalho verificar como ele é recepcionado em Portugal na segunda metade do século XIX e qual é a sua contribuição para o desenvolvimento do conto fantástico naquele país. Primeiramente, comentaremos a recepção crítica francesa de Hoffmann, destacando principalmente a imagem cristalizada de autor “maldito”, que é replicada pelos portugueses. Em seguida, sem esgotar as fontes, cotejaremos alguns textos críticos e literários, de autores diversos, como Fernando Maria Bordalo, Teófilo Braga, Gomes Leal, Pinheiro Chagas, Álvaro do Carvalhal e Eça de Queirós, para compreender como eles dialogam com Hoffmann. A hipótese que permeia a pesquisa é que a prosperidade do conto fantástico da década de 1860 em Portugal pode ter sido motivada pelo contato com a produção de autores consagrados da tradição fantástica, como Hoffmann, pois, apesar de já ter sido cultivado anteriormente naquele país, é somente nesse período que a crítica tende a reconhecer o seu “nascimento”. Todavia, tal como um prisma, no qual cada face revela um segmento, a afinidade com a obra do alemão é uma das vertentes da variada produção fantástica desse período.
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Como Citar
Carniel, J. C. (2022). HOFFMANN E O CONTO FANTÁSTICO PORTUGUÊS. Abusões, 18(18). https://doi.org/10.12957/abusoes.2022.61718
Seção
Bicentenário de morte de E. T. A. Hoffmann (1822 – 2022)
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