MASTER-BLASTER OBJETIFICAÇÃO DO CORPO COM DEFICIÊNCIA NO CENÁRIO PÓS-APOCALÍPTICO DE MAD MAX

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Valéria Sabrina Pereira

Resumo

Grande sucesso dos anos 1980, a franquia pós-apocalíptica Mad Max se mantém popular até os dias de hoje. Ao contrário do que se espera de obras do gênero, Mad Max se destaca por não ser uma alerta contra os efeitos negativos da ação humana, mas por representar a realização de desejos do homem do antropoceno, oferecendo uma narrativa, onde carros constituem, mesmo no final dos tempos, o bem maior. Apesar do reconhecimento tímido, no quarto e último filme, de que a água é mais do que combustíveis fósseis, toda a franquia gira em torno da paixão por maquinários, deixando claro que o possível fim da humanidade não é tomado a sério por uma parcela de pessoas decididas a definir sua individualidade através de bens provindos da Era Industrial.


Mad Max - Além da Cúpula do Trovão (1985), o terceiro da franquia, foi o primeiro a mirar o mercado internacional e o único que procurou abranger um público mais familiar. Sendo também o único que considera alternativas para a questão do combustível, ele se apoia em uma presença maior de animais e até nas habilidades de um homem com nanismo que chega a apresentar similaridades com “anões” folclóricos. Este artigo focalizará na objetificação de pessoas com deficiência neste cenário pós-apocalíptico que tenta se equilibrar entre pós-apocalipse e a fantasia infantil.

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Como Citar
PEREIRA, Valéria Sabrina. MASTER-BLASTER: OBJETIFICAÇÃO DO CORPO COM DEFICIÊNCIA NO CENÁRIO PÓS-APOCALÍPTICO DE MAD MAX. Abusões, Rio de Janeiro, v. 24, n. 24, 2024. DOI: 10.12957/abusoes.2024.80752. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/80752. Acesso em: 22 jun. 2025.
Seção
A literatura no fim dos tempos: poéticas negativas do Antropoceno