DISTOPIA, CYBERATIVISMO E REVOLTA POPULAR O CASO DE V DE VINGANÇA, DE ALAN MOORE E DAVID LLOYD, E O ANONYMOUS
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Abstract
No século XXI as distopias estão vivendo uma espécie de renascimento, onde romances clássicos da primeira metade do século XX estão sendo redescobertos, novas obras escritas e teorias críticas desenvolvidas. As razões parecem óbvias, uma vez que o futurismo de obras como Admirável mundo novo e 1984 se torna cada vez mais uma parte integrante de nossa contemporaneidade. Vivemos em uma época que não apenas escreve distopias para compreender os próprios dilemas, mas que também utiliza as obras passadas para entender onde estamos e como chegamos aqui. Se esse reconhecimento é praticamente sempre involuntário, uma vez que ninguém deseja viver em um mundo opressor, mas há casos onde a simulação de aspectos de obras de distopia é proposital. Neste artigo, é discutido o caso de V de vingança, de Alan Moore e David Lloyd, obra de origem da máscara de Guy Fawkes, que é utilizada como símbolo oficial do grupo de cyberativismo Anonymous. Apresentado como o herói fora-da-lei, uma espécie de Robin Hood digital, o personagem V é uma figura dúbia, que apresenta mais características autoritárias e narcisistas do que seria desejável. O artigo visa levantar a discussão sobre os limites do reconhecimento e encenação simbólica de obras do gênero na vida real.
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