ESPAÇO FICCIONAL E O INSÓLITO: A CONSTRUÇÃO DO HORROR NA CARTOGRAFIA SIMBÓLICA DA OBRA NOSSA PARTE DE NOITE (2019) DE MARIANA ENRIQUEZ
Contenido principal del artículo
Resumen
Este trabalho visa refletir a respeito da construção espacial e os recursos narrativos utilizados para a ambientação presente no romance Nossa Parte de Noite (2019) da autora argentina Mariana Enriquez. A discussão foi desenvolvida com o intuito de discorrer a respeito da organização do espaço ficcional em função da construção do horror nos capítulos "A coisa má das casas sozinhas, Buenos Aires, 1985-1986" e "Círculos de giz, 1960-1976" do romance, os quais apresentam duas casas distintas que compõem a cartografia simbólica da obra e a ambientação do horror a partir da caracterização e funcionamento dos dois espaços. Analisaremos o espaço ficcional sob o ponto de vista da pesquisadora Claudia Barbieri (2019), que apresenta o espaço ficcional como um agente ativo da obra, em constante diálogo com as personagens e que compõe o que a autora chama de "cartografia simbólica". Trataremos também do espaço ficcional sob o ponto de vista do pesquisador Gaston Bachelard (2014) na instância da categoria da forma do espaço ficcional retratado na obra. O horror será tratado sob o ponto de vista do teórico Noel Carroll (2004) que propõe como o horror é modalizado dentro das obras. Em face desse contexto, indagamos: Como que o espaço ficcional funciona para conceber os elementos insólitos e ambientar a narrativa dentro do horror? Quais são os recursos linguísticos e imagéticos utilizados em ambos os capítulos?
Descargas
Detalles del artículo

Os conteúdos da Revista Abusões estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.