A CONSUBSTANCIAÇÃO E FANTASMAGORIZAÇÃO DE WUTHERING HEIGHTS

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GISELE GEMMI CHIARI

Abstract

Desde a sua primeira publicação em 1847, O morro dos ventos uivantes de Emily Brontë tem provocado inúmeros debates, seja em relação ao desconforto que as ações dos personagens Heathcliff e Cathy suscitaram por desviarem-se das normas e moral vitorianas, seja pelas inovações estruturais e linguísticas da obra. Com um enredo complexo, o romance tem sido analisado sob diversos aspectos, a fortuna crítica compreende interpretações de cunho marxista, psicanalítico, pós-colonialista, feminista, além de análises que enfatizam os elementos góticos e românticos. Neste artigo nos deteremos na questão do espaço em O morro dos ventos uivantes, especificamente pensando a herdade de Wuthering Heights como uma casa mal-assombrada, ou melhor, assinalando como acontece esse processo de fantasmagorização. Para tanto, o estudo baseia-se na noção freudiana de Umheimlich, no conceito de consubstanciação, bem como na ideia de contraespaço apresentada por Foucault.  

Article Details

How to Cite
CHIARI, G. G. (2023). A CONSUBSTANCIAÇÃO E FANTASMAGORIZAÇÃO DE WUTHERING HEIGHTS. Abusões, (20). https://doi.org/10.12957/abusoes.2023.70665
Section
Três séculos de literatura do medo de autoria feminina
Author Biography

GISELE GEMMI CHIARI, Universidade Estadual de Londrina

Gisele Gemmi Chiari é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo e, atualmente, participa de estágio-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Londrina e do grupo de pesquisa: Coletivos poéticos e políticas públicas de inclusão: inovação social na cena literária (CNPq). Sua pesquisa está voltada para a análise de como a performance do texto literário pode promover mudanças no circuito dos afetos no contexto escolar. Atua principalmente nos seguintes temas: Literatura Brasileira, Romantismo, Gonçalves Dias, Leitura Literária em Contexto Escolar.