A MULHER MAIS BELA DO MUNDO: ALTERIDADE E FICÇÃO CIENTÍFICA

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Vítor Castelões Gama

Resumo

Este artigo discute sobre os dilemas da ficção científica brasileira e responde a crítica de despolitização do gênero tendo como base o conto A mulher mais bela do mundo, do escritor Roberto de Sousa Causo, e a noção de antropologia reversa, de Roy Wagner. A mulher mais bela do mundo ressignifica as tradicionais obras de “primeiro contato”, nas quais o alienígena é frequentemente usado como alteridade radical que, por contraposição, permite pensar sobre nós mesmos. Neste conto, os alienígenas também utilizam os humanos para demarcar os limites entre o eu/outro. O conflito central ocorre em uma exposição fotográfica que nomeia a obra. Por fim, aplicamos o referencial teórico da antropologia reversa por esta implicar um posicionamento ativo de todas as partes envolvidas. Esta perspectiva é mais condizente com a posição da ficção científica brasileira e interessante para pesquisas posteriores que envolvam a antropologia.

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Como Citar
GAMA, Vítor Castelões. A MULHER MAIS BELA DO MUNDO: ALTERIDADE E FICÇÃO CIENTÍFICA. Abusões, Rio de Janeiro, v. 11, n. 11, 2020. DOI: 10.12957/abusoes.2020.46402. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/46402. Acesso em: 2 maio. 2025.
Seção
O boom da ficção científica (FC)
Biografia do Autor

Vítor Castelões Gama, Doutorando na Universidade de Brasília

Doutorando em Literatura e Práticas Sociais pelo Programa de Pós Graduação em Literatura - PósLit - da Universidade de Brasília (UnB), realizando projetos na área de Textualidades: da leitura à escrita. Interessado em pesquisas relativas ao diálogo entre literatura e outras artes, literatura eletrônica, literatura fantástica e ficção científica.