A MULHER MAIS BELA DO MUNDO: ALTERIDADE E FICÇÃO CIENTÍFICA
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo discute sobre os dilemas da ficção científica brasileira e responde a crítica de despolitização do gênero tendo como base o conto A mulher mais bela do mundo, do escritor Roberto de Sousa Causo, e a noção de antropologia reversa, de Roy Wagner. A mulher mais bela do mundo ressignifica as tradicionais obras de “primeiro contato”, nas quais o alienígena é frequentemente usado como alteridade radical que, por contraposição, permite pensar sobre nós mesmos. Neste conto, os alienígenas também utilizam os humanos para demarcar os limites entre o eu/outro. O conflito central ocorre em uma exposição fotográfica que nomeia a obra. Por fim, aplicamos o referencial teórico da antropologia reversa por esta implicar um posicionamento ativo de todas as partes envolvidas. Esta perspectiva é mais condizente com a posição da ficção científica brasileira e interessante para pesquisas posteriores que envolvam a antropologia.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Detalhes do artigo
Como Citar
GAMA, Vítor Castelões. A MULHER MAIS BELA DO MUNDO: ALTERIDADE E FICÇÃO CIENTÍFICA. Abusões, Rio de Janeiro, v. 11, n. 11, 2020. DOI: 10.12957/abusoes.2020.46402. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/46402. Acesso em: 2 maio. 2025.
Seção
O boom da ficção científica (FC)

Os conteúdos da Revista Abusões estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.