O VAMPIRO COMO METÁFORA NA LITERATURA BRASILEIRA OITOCENTISTA

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Ana Paula Araujo dos Santos

Resumo

Nas literaturas de língua inglesa e na literatura francesa o interesse pelo mito do vampiro pode ser facilmente observado na ampla produção ficcional do século XIX e XX. Já no Brasil, até a metade do século XX não houve uma produção sistemática de uma ficção que explorasse o mito do vampiro semelhante à da Inglaterra e da França. Contudo, a figura do vampiro se faz presente em obras brasileiras que exploram o seu potencial simbólico. Nelas, o vampiro aparece como figuração de morte, doenças e maldades.

O presente artigo visa a uma análise dessas obras, mais especificamente dos contos “A esteireira” (1898), de Afonso Arinos, e “Noites brancas” (1920), de Gastão Cruls, além do romance A mortalha de Alzira (1891), de Aluísio Azevedo. As leituras propostas focarão em elementos característicos da temática do vampirismo na literatura: misteriosos encontros noturnos, femme fatales, desregramentos sexuais, perigos de doença e de contágio. Tais características funcionarão como ponto de partida para uma reflexão sobre as razões da suposta ausência, na literatura brasileira oitocentista, daquele que é um dos personagens mais recorrentes na literatura do mal e do medo e da literatura gótica.

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Como Citar
DOS SANTOS, Ana Paula Araujo. O VAMPIRO COMO METÁFORA NA LITERATURA BRASILEIRA OITOCENTISTA. Abusões, Rio de Janeiro, v. 9, n. 9, 2019. DOI: 10.12957/abusoes.2019.40690. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/40690. Acesso em: 18 abr. 2025.
Seção
As metamorfoses do vampiro na literatura e na cultura