MERLIM DE ROBERT DE BORON E O TEXTO RELIGIOSO
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Resumo
Este artigo tem por objetivo identificar o processo de cristianização do personagem protagonista da obra medieval Merlim, além de averiguar como e porque o autor, Robert de Boron, utiliza a intertextualidade, mais especificamente a estilização, para criar sua narrativa. As obras medievais, segundo estudiosos, possuem um caráter formador, criadas com o intuito de adequarem uma população a um determinado regime político e religioso, logo, um estudo sobre o personagem Merlim, em especial o descrito por Robert de Boron que recebe o nome da obra, é importante para que se possa compreender a necessidade da literatura Idade Média, bem como para desvendar-se uma razão que justifique a presença da personagem em obras posteriores. Para tanto, a análise do livro Merlim, de Robert de Boron, pauta-se nas teorias de intertextualidade e hipertextualidade de Gérard Genette (2010), assim como na teoria de paródia, paráfrase e intertextualidade defendida por Affonso Sant’Anna (2003). Com isso, nota-se que a modificação do personagem medieval realizada por Boron, por meio da intertextualidade, é regida pela intencionalidade do autor de catequizar povos pagãos, afinal, ao criar um personagem da cultura Celta, com características cristãs, próximas às de Jesus Cristo, conduz os povos para longe do pecado, como exortado pela Igreja na época.
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Como Citar
NABARRETE, Mariany Camilo; PIERINI, Fábio Lucas. MERLIM DE ROBERT DE BORON E O TEXTO RELIGIOSO. Abusões, Rio de Janeiro, v. 8, n. 8, 2019. DOI: 10.12957/abusoes.2019.37687. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/37687. Acesso em: 2 maio. 2025.
Seção
Seres maravilhosos na ficção de todos os tempos

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