“Eu acho que a química entrou em reprovação” Relações afetivo-sexuais de homens jovens vivendo com HIV/aids e com carga viral indetectável

Autores

Palavras-chave:

HIV/aids, carga viral indetectável, homens que fazem sexo com homens, sexualidade, práticas de cuidado

Resumo

Neste artigo, discutimos narrativas sobre as relações afetivo-sexuais de homens jovens vivendo com HIV/aids, com carga viral indetectável e possibilidade de não transmissibilidade do HIV. Realizamos dez entrevistas semiestruturadas com homens que fazem sexo com homens, entre 18 e 30 anos, acompanhados em um SAE de Salvador-BA, em 2017. Nas narrativas em foco, a condição de indetectável aparece como uma mudança [bio]identitária importante, e sua manutenção como uma responsabilidade contínua consigo e com o outro. Apesar de avanços biomédicos e das novas possibilidades interativas abertas nesse cenário, os efeitos estigmatizantes do HIV persistem, sustentados pelos discursos de medo e culpa por uma possível transmissão do vírus. Uma noção de corpos perigosos, de risco, em detrimento dos avanços alcançados com os estudos que indicam que indetectável=intransmissível.

Biografia do Autor

Luís Augusto Vasconcelos da Silva, Universidade Federal da Bahia

Professor Associado do Instituto de Humanidades, Artes & Ciências/UFBA

Filipe Mateus Duarte, Universidade Federal da Bahia

Pesquisador do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) - UFBA

Mônica Lima, Universidade Federal da Bahia

Professora Associada do Instituto de Psicologia/UFBA

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Publicado

2020-05-06

Edição

Seção

Artigos