As parteiras tradicionais e a medicalização do parto na região rural do Amazonas

Autores

  • Rônisson Souza Oliveira Universidade Estadual de Campinas e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá https://orcid.org/0000-0001-8743-0449
  • Nelissa Peralta Bezerra Nelissa Universidade Federal do Pará
  • Marília de Jesus Silva e Sousa Marília Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Palavras-chave:

parteiras, conhecimento tradicional, medicalização, mulheres, Amazônia

Resumo

Em comunidades rurais da Amazônia o saber partejar faz parte do domínio de algumas mulheres. No entanto, a ampliação do acesso à Saúde Pública aumentou a medicalização do parto, o que ressignifica o papel das parteiras. Este trabalho discute o papel das parteiras nesse contexto, as práticas e as técnicas tradicionais em uma região do Amazonas. O aprendizado do partejar acontece na adolescência e na juventude, as jovens são iniciadas no ofício acompanhando as parteiras mais velhas. Constatamos também que as parteiras exercem importante papel na decisão sobre o encaminhamento das mulheres para o parto nos hospitais das cidades, além do acompanhamento durante a gravidez, às vezes parto e puerpério. Dessa forma, continuam fazendo parte da rede de pessoas que se dedicam aos cuidados com o
parto, na qual mais recentemente passaram a interagir práticas tradicionais e conhecimentos médico-científicos.

Biografia do Autor

Rônisson Souza Oliveira, Universidade Estadual de Campinas e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Graduado em História pela Universidade do Estado do Amazonas. Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Amazonas. Doutorando em Ciências Socias pela Universidade Estadual de Campinas e vinculado ao grupo de pesquisas sociais do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

Nelissa Peralta Bezerra Nelissa, Universidade Federal do Pará

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Bacharel em Estudos Econômicos e Sociais com ênfase em ciências políticas e relações internacionais (University of Wales, Swansea). Mestre em Desenvolvimento Regional pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (UFPA).Atualmente é professora Adjunta A da Faculdade de Ciências Sociais da UFPA, campus Belém. 

Marília de Jesus Silva e Sousa Marília, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Doutora em Mestre em Antropologia Social e do Programa de Antropologia Social Pós hair-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS / UFAM), Especialização Antropologia Social e Graduação em Ciências Sociais em Pela Universidade Federal do Pará. I Atualmente e pesquisador do Titular do Desenvolvimento Sustentável Instituto Mamirauá (IDSM / OS).

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Publicado

2019-12-25

Edição

Seção

Artigos