Corpo da criança, corpo do adulto: um olhar sobre as revisões diagnósticas que compõem fronteiras entre pessoas trans

Autores

Palavras-chave:

crianças trans, diagnóstico, despatologização, política

Resumo

A categoria “criança trans” passou a aparecer com mais recorrência em manuais diagnósticos ao longo dos últimos oito anos. Embora a transexualidade antes fosse entendida como uma questão geral, possível de ser encontrada em diferentes etapas da vida, essa identidade passou a ser descrita enquanto um gênero específico para meninos e meninas. Assim, a transexualidade “na” infância converteu-se em uma transexualidade “da” infância, deslocamento responsável por produzir efeitos expressivos. Ao passo que a criança trans era registrada na literatura médica como um sujeito que demandava tratamentos em saúde mental, esse movimento fez com que fossem fabricadas determinadas fronteiras entre infância e adultez. A proposta deste artigo é perseguir alguns caminhos que demonstram como a estratificação etária da transexualidade recorreu a um engessamento do gênero

Biografia do Autor

Sofia Favero, UFRGS

Doutoranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Paula Sandrine Machado, UFRGS

Professora do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rafaela Vasconcelos, UFRGS

Pós-doutoranda do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

2022-08-10

Edição

Seção

Dossiês temáticos