Histórias de lésbicas irmanadas em uma confraria em Belo Horizonte (MG)

Autores

Palavras-chave:

Entendidas, estigma, gueto, heteronormatividade, invisibilidade.

Resumo

Este artigo apresenta histórias de uma Confraria de lésbicas hoje idosas que viveram a juventude na cidade de Belo Horizonte. O objetivo é descrever como um grupo de lésbicas se constituiu em uma Confraria a partir do final dos anos 1970 e início dos 80 e, partindo dessas experiências, refletir sobre a invisibilidade lésbica à luz da heteronormatividade. Utilizando o conceito de estigma, busca-se captar os elementos que mantiveram essa geração de mulheres homossexuais entre o gueto, o armário e a invisibilidade, bem como conhecer as alternativas adotadas para estabelecer suas relações homoafetivas. Os dados coletados nas entrevistas em profundidade trazem à tona as estratégias adotadas para a construção de suas identidades e dos territórios seguros que lhes permitiram vivenciar seus desejos homoeróticos e se sociabilizarem entre iguais. Os guetos encontrados ou por elas construídos proporcionaram a vivência de seus proibidos afetos e a criação de longevos e persistentes laços de amizade que se consolidaram em uma potente rede de apoio entre elas na velhice.

Biografia do Autor

Janice De Souza De Souza, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

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Publicado

2023-08-30

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Artigos