A legalidade oculta: percepções de estigma nas trajetórias de mulheres que descobrem e acessam a interrupção legal da gravidez por razões de saúde

Autores

Palavras-chave:

Aborto, interrupção legal da gravidez, estigma, acesso, Argentina

Resumo

Por quase um século, o código penal argentino inclui situações nas quais o aborto não é penalizado: risco à saúde e gravidez resultante de estupro. No entanto, sua implementação não existia até recentemente. Este estudo qualitativo explorou as experiências de mulheres que acessaram um aborto legal, a fim de analisar as jornadas pelas quais passam e identificar as maneiras pelas quais o estigma é percebido, manifestado e processado. As mulheres assumem que o aborto é sempre ilegal e “descobrem” a legalidade depois de passar por um labirinto cheio de estigma, risco, frustração e desespero. As situações mais angustiantes não estão ligadas à decisão de interromper a gravidez, mas à jornada tortuosa pela qual devem passar. A “legalidade oculta” é causa e consequência do estigma associado ao aborto.

Biografia do Autor

Dalia Elizabeth Szulik, CONICET

Investigadora de Conicet. Prfesora Adjunta de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires.

Nina Zamberlin, Federación Internacional de Planificación Familiar, Región Hemisferio Occidental.

Oficial Principal de Programas

Federación Internacional de Planificación Familiar, Región Hemisferio Occidental.

Publicado

2020-05-06

Edição

Seção

Artigos