Vênus nos braços de mercúrio, bismuto e arsênio: Notas históricas sobre sífilis gestacional antes da penicilina

Autores

  • Georgiane Garabely Heil Vazquez PPGH/UFPR

Palavras-chave:

gestação, sífilis, maternidade, doença, medicina.

Resumo

Buscou-se neste artigo debater sobre os saberes e as práticas médicas referente à sífilis, em especial à sífilis gestacional, no início do século XX. O objetivo central foi apresentar o debate médico travado em uma das principais faculdades de medicina do país acerca das consequências da sífilis para a mulher gestante e para o feto ou criança. A natalidade foi amplamente defendida por médicos que acabavam por condenar algumas práticas de mulheres que levariam a comprometer a gravidez. A metodologia de análise foi estabelecida a partir de um estudo de caso sobre a tese defendida em junho de 1913, na cadeira de clínica obstétrica, pelo médico recém-graduado Arnaldo Cavalcanti de Albuquerque. Constatou-se pela documentação que os tratamentos do período para sífilis gestacional eram ainda bastantes
precários e as anotações médicas extrapolavam os limites clínicos, adentrando muitas vezes no plano de cobrança de valores morais.

Biografia do Autor

Georgiane Garabely Heil Vazquez, PPGH/UFPR

Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisadora vinculada ao grupo História da Assistência à saúde COC/FIOCRUZ- CNPq. Coordenadora Estadual do GT Estudos de Gênero ANPUH-Paraná.

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Publicado

2018-04-30

Edição

Seção

Artigos