“Nada sobre nós, sem nós”? O corpo na construção do autista como sujeito social e político

Autores

  • Clarice Monteiro Machado Rios Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

autismo, deficiência, corporeidade, ativismo, cidadania

Resumo

A aprovação da Lei no 12.764, que reconhece os autistas como pessoas com deficiência para todos os efeitos legais, marca também a aliança dos familiares de autistas com um movimento social e político mais amplo, o movimento das pessoas com deficiência. Entretanto, o caso do autismo e o de pessoas com deficiência intelectual grave impõem enormes desafios a esse modelo de ativismo. Este artigo discute a construção do autista como sujeito social e político a partir da observação das diferentes formas de interação entre autistas e pais/cuidadores, com especial atenção aos usos do corpo nessas interações. Para tal, examino dois casos paradigmáticos, observados no trabalho de campo, e proponho que as diferentes dinâmicas relacionais que se estabelecem entre pais/cuidadores e autistas sinalizam diferentes estratégias de ativismo e de construção do sujeito autista.

Biografia do Autor

Clarice Monteiro Machado Rios, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Pos-doutoranda no Departamento de Política, Planejamento e Administração em Saúde do Instituto de Medicina Social

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Publicado

2017-04-29

Edição

Seção

Dossiês temáticos