"A sociedade socialista não pode permitir esse tipo de degenerações”: As UMAP como dispositivos disciplinares da revolução cubana

Autores

Palavras-chave:

Cuba, Homofobia, Democracia, Socialismo, Política

Resumo

O presente artigo resulta da problematização sobre o fenômeno da repressão a setores marginados da sociedade cubana nos primeiros anos da Revolução (1965 a 1968), especificamente contra homossexuais, religiosos, artistas e intelectuais. Partindo da perspectiva foucaultiana, analisamos o contexto sociopolítico em que se desenvolveram estas ações, onde o discurso do líder Fidel Castro teve um papel decisivo. Passando logo à análise dos mecanismos através dos quais se desenvolvia uma estratégia disciplinar e de normalização das pessoas que representavam um modelo distinto ao estabelecido oficialmente. Esta estratégia resultou no dispositivo conhecido como UMAP. Além disso, se reflete sobre o papel da Psiquiatria cubana na implementação destas estratégias e as principais normas jurídicas que outorgaram legalidade a estes dispositivos disciplinares. 

Biografia do Autor

Javier Ernst Ladrón de Guevara Marzal, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas

Fernanda Martinhago, Universidade Federal de Santa Catarina

Pós-Doutoranda do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas

Sandra Caponi, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Titular Departamento de Sociologia

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Publicado

2022-08-10

Edição

Seção

Artigos