A regulação social da maternidade ao longo dos tempos e em seus entre-tempos: notas etnográficas a partir do contexto brasileiro (1980-2020)

Autores

Palavras-chave:

maternidade, gerações, pactos de cuidado, quebras, regulação da maternidade

Resumo

Este artigo se dispõe a refletir sobre as regulações dos modos de maternar às quais mulheres de diferentes gerações de uma mesma família estiveram expostas nas últimas décadas no contexto brasileiro. Para isso, explora narrativas de mães e filhas; de forma a analisar o que contam sobre sua maternidade e sobre os discursos que as atravessaram em suas práticas. Parto da premissa de que a figura materna é moralizada através das ideias de gênero e de geração, que geram também desigualdades e resistências por parte daquelas que maternam. O material de campo foi produzido entre 2020 à 2022, por meio de entrevistas em profundidade com mulheres urbanas e de classe média, que na época tinham entre 60-70 anos e 30-40 anos e eram de diversas regiões do Brasil. A literatura recente sobre conflitos entre mães e filhas funcionará também como pano de fundo interpretativo de meus achados de campo. Ao me debruçar sobre as relações entre essas mulheres de mesma família, interessa-me neste artigo refletir sobre a conformação da ideia de geração, sobre a noção de pactos geracionais de cuidado, suas rupturas e de que formas as formas sociais de modulação da maternidade importam nesses processos. 

Biografia do Autor

Rosamaria Giatti Carneiro, Universidade de Brasília

Doutora em Ciências Sociais pelo IFCH/Unicamp, Mestre pela UnB e Especialista em Teoria Psicanalítica pela UnB e pela Universidad San Martin e pela UCES - Argentina.

Pós-doutora em Antropologia Social pela UFPB.

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Publicado

2023-12-11

Edição

Seção

Dossiês temáticos