A terceira onda sexológica: Medicina sexual e farmacologização da sexualidade

Autores

  • Jane Russo IMS / UERJ

Palavras-chave:

sexologia, medicina sexual, disfunção erétil, sexualidade masculina, indústria farmacêutica

Resumo

Esse artigo pretende discutir a passagem da “segunda onda sexológica”, que surge em meados do século XX, para uma terceira fase representada pela Medicina Sexual, cujo surgimento data da última década do século. Pretendo analisar o surgimento da Medicina Sexual como parte de um processo mais amplo de “biologização” das concepções acerca do humano ao qual se concatena uma transformação importante do modo de atuação e produção da indústria farmacêutica. Dois pontos cruciais na passagem da segunda sexologia para a Medicina Sexual serão abordados: a reconfiguração médica da impotência através da construção e difusão do diagnóstico de “disfunção erétil” e os efeitos disso para a sexualidade masculina; a mudança de foco da sexualidade feminina ou do casal para a sexualidade masculina e suas consequências. O objetivo mais amplo do artigo será apresentar e discutir a medicalização da sexualidade masculina e seu significado no que diz respeito às relações de gênero.

Biografia do Autor

Jane Russo, IMS / UERJ

Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos, Instituto de Medicina Social, Universidade Estadual de Rio de Janeiro

Downloads

Publicado

2013-08-05

Edição

Seção

Dossiês temáticos