LÉSBICAS IRMANADAS EM UMA CONFRARIA DE ENTENDIDAS EM BELO HORIZONTE (MG): estrategistas em anos de chumbo

Autores/as

Palabras clave:

Entendidas, estigma, gueto, heteronormatividade, invisibilidade.

Resumen

Este artigo apresenta uma Confraria de lésbicas que viveu a juventude durante a ditadura civil-militar (1964-1985) na cidade de Belo Horizonte. O objetivo é refletir sobre a invisibilidade lésbica à luz da heteronorma e do conceito de estigma, captando os elementos que mantiveram uma geração de mulheres homossexuais entre o gueto, o armário e a invisibilidade, bem como conhecer as alternativas adotadas para a vivência de seus afetos. Os dados coletados nas entrevistas em profundidade trazem à tona as estratégias adotadas para a construção de suas identidades e dos territórios seguros que lhes permitiram vivenciar seus desejos homoeróticos e se sociabilizarem entre iguais. Os guetos encontrados ou por elas construídos proporcionaram a vivência de seus proibidos afetos e a criação de longevos e persistentes laços de amizade que se consolidaram em uma potente rede de apoio entre elas na velhice.

 

Biografía del autor/a

Janice De Souza De Souza, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Publicado

2023-08-30

Número

Sección

Artículos