Permita-me falar mais alto do que minhas cicatrizes
Palavras-chave:
autoetnografia, poesia, deficiência, estudos da deficiência, pensamento crítico.Resumo
Neste artigo, escolhi o método autoetnográfico para narrar um processo pós-operatório
que mudou minha vida. Compilei uma série de emoções, impressões, poemas e documentos coletados durante cerca de dois anos de recuperação. Ao fazer isso, tentei expandir a discussão e desafiar a noção do modelo médico acerca de um corpo “curado/fixo”, e até a ideia capacitista sobre o que seria um corpo “normal/ativo”. Este artigo almejou responder a questões como ‘o que significa ser um corpo deficiente em recuperação?’;‘Como o corpo deficiente deveria ser representado?’; e, antes que alguém possa perguntar, ‘o que aconteceu com você?’, eu busquei uma possível narrativa sobre mim, uma perspectiva centrada no paciente. O artigo está dividido em quatro partes, a saber: 1) ‘Aperto de mãos com Dr. Q’ – introdução; 2) ‘O que está acontecendo?’ – diagnóstico médico e suas especificidades; 3) Cura por meio de
palavras – processo pós-operatório; e, na sequência, os meus 4) Pensamentos finais. Escrever como pesquisador na interseção entre o pessoal e o acadêmico foi uma decisão combinada da mente e um movimento do coração. Esse modo de escrever é sempre uma linha tênue a ser cruzada, mas com implicações frutíferas tanto para o campo dos estudos da deficiência quanto para a comunidade dos ‘não-deficientes’.
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