A mão que vota. Visualidade e afetos em um símbolo transnacional do movimento pelo direito ao aborto no Cone Sul

Autores

Palavras-chave:

aborto, Cone Sul, afeto, imagens, movimentos feministas.

Resumo

Este artigo apresenta um estudo sobre o primeiro símbolo transnacional do movimento pelo direito ao aborto no Cone Sul: a “mão que vota” a favor do aborto legal. O emblema surgiu no Uruguai no início dos anos 2000. Por volta de 2010, o símbolo ficou verde e foi adotado pela Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina. A partir de 2015, a mão que vota também acompanhou o processo que levou à legalização do aborto em três casos no Chile. A análise enfoca o papel dos símbolos e emoções no ativismo pelo direito ao aborto. A mão que vota foi fundamental para a construção da identidade coletiva e sintonia política do movimento. Este emblema também conseguiu magnetizar esperanças associadas à democracia e um profundo senso de obstinação política. Os resultados são baseados em investigação em vários arquivos e conversas com informantes- -chave da Argentina, Chile e Uruguai.

Biografia do Autor

Nayla Luz Vacarezza, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires.

Nayla Luz Vacarezza es Licenciada y Profesora en Sociología por la Universidad de Buenos Aires (UBA), donde también obtuvo el título de Doctora en Ciencias Sociales. Se desempeña como Investigadora del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas de Argentina, con sede de trabajo en el Instituto de Investigaciones Gino Germani (UBA). También se desempeña como docente en la Carrera de Sociología (UBA). Integra el Seminario sobre Género, Afectos y Política (SEGAP) y forma parte de la colectiva asesora del Programa de Memorias Políticas Feministas y Sexogenéricas (CeDInCi-UNSAM). Actualmente investiga el rol político de los afectos en las producciones visuales que surgen de las luchas por el derecho al aborto en el Cono Sur. Participó como oradora en el debate parlamentario sobre la Ley de Interrupción Voluntaria del Embarazo en Argentina. Es coautora de dos libros: La intemperie y lo intempestivo. Experiencias del aborto voluntario en el relato de mujeres y varones (Marea, 2011) y El aborto con medicamentos en el segundo trimestre de embarazo. Una investigación socorrista feminista (La Parte Maldita, 2018).

Publicado

2020-09-17

Edição

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Artigos