Uma galeria para travestis, gays e seus maridos: Forças discursivas na geração de um acontecimento prisional
Palavras-chave:
travesti, população carcerária, vitimização, gestão de risco, BrasilResumo
O Presídio Central de Porto Alegre criou em 2012 uma galeria destinada a abrigar a população encarcerada de travestis, gays e seus maridos. Considerando que a instituição prisional é historicamente marcada por forte viés heteronormativo e disciplinador, o objetivo deste artigo é analisar algumas das forças discursivas que se articularam de modo original e produtivo para a emergência da galeria. São explorados, preponderantemente, dois elementos: o acoplamento travesti-vítima e a dinâmica de gestão do risco. O primeiro diz respeito ao processo discursivo de produção da identidade travesti vinculada invariavelmente à posição de vítima e como tal relação influencia no processo de (re)humanização desse sujeito quando na vida encarcerada. O segundo descreve como o funcionamento prisional e os princípios disciplinares que regem o cárcere produziram estratégias institucionais para a instalação da galeria.
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