Uma galeria para travestis, gays e seus maridos: Forças discursivas na geração de um acontecimento prisional

Autores

  • Fernando Seffner Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Amilton Gustavo da Silva Passos Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS

Palavras-chave:

travesti, população carcerária, vitimização, gestão de risco, Brasil

Resumo

O Presídio Central de Porto Alegre criou em 2012 uma galeria destinada a abrigar a população encarcerada de travestis, gays e seus maridos. Considerando que a instituição prisional é historicamente marcada por forte viés heteronormativo e disciplinador, o objetivo deste artigo é analisar algumas das forças discursivas que se articularam de modo original e produtivo para a emergência da galeria. São explorados, preponderantemente, dois elementos: o acoplamento travesti-vítima e a dinâmica de gestão do risco. O primeiro diz respeito ao processo discursivo de produção da identidade travesti vinculada invariavelmente à posição de vítima e como tal relação influencia no processo de (re)humanização desse sujeito quando na vida encarcerada. O segundo descreve como o funcionamento prisional e os princípios disciplinares que regem o cárcere produziram estratégias institucionais para a instalação da galeria.

Biografia do Autor

Fernando Seffner, Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Educação, professor no no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenador do Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero - GEERGE

Amilton Gustavo da Silva Passos, Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS

Licenciado em Biologia, Mestre em Educação, Doutorando em Educação, linha de pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero

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Publicado

2016-08-17

Edição

Seção

Artigos