Corpo, dor e violência: a produção da vítima
Palavras-chave:
violência, políticas de saúde, vítima, São PauloResumo
Com base em uma pesquisa sobre o atendimento à violência na área da saúde, desenvolvida em um hospital de emergências na cidade de São Paulo, este texto pretende levantar questões sobre a produção da vítima no atendimento a casos de violência, a partir de considerações sobre a construção da violência como problema de saúde e de suas implicações para o desenho de políticas sociais de saúde. O tema da violência, nesta área, é atravessado pela epidemiologia, que privilegia a incidência do fenômeno. Pretendemos ressaltar que a incidência epidemiológica, que trouxe a violência ao campo da saúde, responde a uma lógica classificatória dos fenômenos do corpo, da saúde e da doença, recortada por uma concepção de gênero, que, ao mesmo tempo em que permitiu visibilizar a violência, contribuiu para esconder manifestações que não fossem identificadas com sua lógica de classificação da violência. O reconhecimento de um ato como violento pressupõe atributos previamente identificados na vítima e a organização do serviço de atendimento segue esta lógica. A apresentação busca, então, discutir o que a “produção da vítima” pode dizer de formas contemporâneas de sociabilidade.Publicado
2009-04-04
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Artigos
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