CONSCIÊNCIA EGOLÓGICA E ICHLOSEN SUBJEKTIVITÄT EM EDMUND HUSSERL
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2012.3982Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2012.3982
O presente ensaio propõe-se investigar um aspeto particular da teoria fenomenológica da consciência, tal como foi formulada por Edmund Husserl. Husserl defende que os princípios que fundam as ciências se encontram todos na consciência pura. Tentou-se, por isso, em primeiro lugar, perceber o que entende Husserl por consciência, antes de mais nas Investigações Lógicas, ou seja, antes da chamada «viragem transcendental», de seguida nas lições de Göttingen de Introdução à Lógica e à Teoria do Conhecimento, contemporâneas dessa viragem e testemunho público dela, por fim, em Ideias I e Ideias II, onde ela se encontra já realizada. Um segundo núcleo de problemas diz respeito à necessidade de introduzir um Eu puro, ou seja, um polo de identidade, na atividade da consciência, ou se, pelo contrário, todo o Eu será apenas de carácter empírico. O ensaio procura averiguar as resistências de Husserl relativamente à admissibilidade de um Eu puro antes da «viragem transcendental», por meio de uma compreensão da noção de imanência intencional como solução para a resolução do problema da constituição da objetividade. Um terceiro núcleo de problemas, embora abordado com maior brevidade, diz respeito à própria noção fenomenológica de transcendental, com tudo o que a aproxima e distingue da tematização kantiana do «Eu penso».