Entrelaçamentos entre Merleau-Ponty, Beauvoir e a psicanálise: notas sobre a condição da mulher

Autores

  • Diego Luiz Warmling Mestre em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC), doutorando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: diegowarmling@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4400-8170 https://orcid.org/0000-0003-4400-8170
  • Caroline Castagnetti Felizardo Mestranda em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: ca.stanhette@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0001-0235-6831 https://orcid.org/0009-0001-0235-6831

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2024.75478

Palavras-chave:

Merleau-Ponty, Beauvoir, Corporeidade, Devir mulher

Resumo

Entre proximidades e entrelaçamentos teóricos, problematizaremos a condição da mulher a partir das críticas e elogios à psicanálise que Merleau-Ponty e Beauvoir fazem pensar. Concomitantemente existencial, psíquica, corpórea e sexual, se a mulher é vista como o símbolo de uma diferença que só devém como sujeita se compreendida através do script e das cifras masculinas, reconheceremos que a psicanálise contribui quando sugere que nossos dramas decorrem do inconsciente e das pulsões, através de sujeitificações que colocam em xeque a noção de Eu. Contudo, masculinista e falogocêntrico, tal saber malogra ao passar por alto os motivos das mulheres serem caricaturadas como o segundo sexo, um corpo-sujeito tornado Outro. Do que se depreende acerca da condição da mulher, mostraremos que as críticas de Merleau-Ponty e Beauvoir à psicanálise se fazem entrelaçáveis na medida em que reconhecem a pertinência e os limites desse modelo teórico, mas sem deixar de fazer pensar o sujeito que nos tornamos a cada ato. Apesar das diferenças quanto aos seus objetos, Beauvoir e Merleau-Ponty dão a entender que tudo que somos, só o somos e podemos ser se compreendidos como ambíguos, intencionais, espontâneos, “furados”, impessoais e, por isso, transitivos, não-naturais e em devir

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Biografia do Autor

Diego Luiz Warmling, Mestre em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC), doutorando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: diegowarmling@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4400-8170

Mestre em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC), doutorando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: diegowarmling@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4400-8170

Caroline Castagnetti Felizardo, Mestranda em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: ca.stanhette@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0001-0235-6831

Mestranda em ontologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFil UFSC). E-mail: ca.stanhette@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0001-0235-6831

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Publicado

2025-02-28

Como Citar

WARMLING, Diego Luiz; FELIZARDO, Caroline Castagnetti. Entrelaçamentos entre Merleau-Ponty, Beauvoir e a psicanálise: notas sobre a condição da mulher. Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 175–210, 2025. DOI: 10.12957/ek.2024.75478. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/75478. Acesso em: 1 maio. 2025.