Fenomenologia e resistência em Levinas

Autores

  • Klinger Scoralick Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2020.48559

Palavras-chave:

Levinas, fenomenologia, resistência, não-ter-que-ser

Resumo

Os apontamentos feitos por Levinas em suas primeiras obras, em especial, voltam-se para análises fenomenológicas de elementos que evidenciam uma “posição” de hesitação ou de resistência em relação à ontologia e ao horizonte “sem saída” que nela se inscreve. De modo adverso, Levinas lança uma interrogação que acompanhará todo o seu percurso filosófico e que atinge o coração da filosofia: tudo é conação de ser? A crítica se endereça para uma fatalidade inscrita no estar aí abandonado às possibilidades do ser – estar atado à própria existência –, ou seja, à condição de esquiva impossível das fronteiras que o ser demarca. De tal modo, tem-se que a inamovibilidade, oriunda da presença do ser, interrompe a mobilidade dos entes. A proposta de Levinas indica que em meio ao ser há uma “luxação” ou uma necessidade de evasão em relação a si mesmo, um recuo. Pode-se notar, já em seus primeiros escritos, um aceno não apenas para a questão da “ética como filosofia primeira”, mas, também, para a questão sobre o político, que se delineia sob traços de um “não”, isto é, resistência.

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Biografia do Autor

Klinger Scoralick, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutorando em Filosofia pela PUC-Rio

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Publicado

2020-07-01

Como Citar

SCORALICK, Klinger. Fenomenologia e resistência em Levinas. Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 120–131, 2020. DOI: 10.12957/ek.2020.48559. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/48559. Acesso em: 2 maio. 2025.