O idealismo fenomenológico de Husserl: um estudo de "Ideias I"

Autores

  • Allan Josué Vieira

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2024.81810

Resumo

O idealismo transcendental que Husserl assumiu como autocompreensão de sua fenomenologia sempre foi um dos tópicos de maior controvérsia de seu pensamento. Desde sua primeira aparição mais concreta, na grande obra de 1913, as Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica, o idealismo husserliano já foi objeto de diversas interpretações acerca de seu sentido. O presente estudo pretende argumentar em favor de um entendimento distinto da posição husserliana, compreendendo-a como um idealismo primordialmente fenomenológico. Para explicitar o significado dessa tese e dar-lhe substância, procederemos a uma análise da segunda seção de Ideias, a conhecida ‘Consideração fenomenológica fundamental’. Assim, mostraremos que o idealismo, nessa obra, emerge como resultado necessário de uma orientação que é, desde seus inícios, já descritivo-fenomenológica, o que demarca um sentido sui generis para a posição de Husserl. Desse modo, a interpretação desenvolvida se coloca num lugar diferente das leituras que veem no idealismo husserliano uma tese metafísica ou, como contraposição, meramente epistemológica ou semântica.

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Biografia do Autor

Allan Josué Vieira

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina

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Publicado

2025-02-28

Como Citar

VIEIRA, Allan Josué. O idealismo fenomenológico de Husserl: um estudo de "Ideias I". Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 72–109, 2025. DOI: 10.12957/ek.2024.81810. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/81810. Acesso em: 1 maio. 2025.