A constituição passiva de Gustave Flaubert em L’Idiot de la famille ou da maternagem insuficiente de Caroline Fleuriot Flaubert

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2023.72603

Palavras-chave:

Biografia existencial, Constituição, Existencialismo, Maternagem, Linguagem, Liberdade

Resumo

O objetivo do presente artigo é perscrutar a tese sartreana da constituição passiva do escritor francês pós-romântico Gustave Flaubert através de algumas passagens da primeira parte “La Constitution”, do primeiro tomo da última grande obra de Sartre, L’Idiot de la famille. Dando especial enfoque à tese de Sartre segundo a qual a relação entre a mãe e o lactente é fundamental para o vir a ser ativo ou passivo deste, mostraremos como o filósofo francês está muito próximo de algumas teses propaladas pelo psicanalista e pediatra inglês Donald Wood Winnicott. Assim, partindo da maternagem insuficiente da mãe de Flaubert, veremos como a criança, constituída passivamente, é incapaz de adentrar no universo comunicativo da linguagem. Ao fim e ao cabo, tentaremos responder à seguinte questão: a filosofia de Sartre, mobilizando a constituição a partir da pré-história e da proto-história de um indivíduo, não incorreria em um tipo de determinismo avesso à liberdade?

Biografia do Autor

Gustavo Fujiwara, Universidade Federal de São Carlos

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo com estágio de pesquisa na Université Paris VIII. Como bolsista FAPESP, realizou estágio de pós-doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos, com estágio de pesquisa na Université Bordeaux-Montaigne.

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Publicado

2023-08-22

Como Citar

Fujiwara, G. (2023). A constituição passiva de Gustave Flaubert em L’Idiot de la famille ou da maternagem insuficiente de Caroline Fleuriot Flaubert. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 12(1), 202–250. https://doi.org/10.12957/ek.2023.72603