Simultaneidade e fragmentação na ontologia da arte em Kant
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2014.11098Abstract
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2014.11098
O presente artigo procurará demonstrar como que, com os questionamentos sobre a ideia de beleza na Crítica da Faculdade do Juízo, muito embora esparsos, a filosofia estética kantiana problematiza o fenômeno da arte sob o signo do simultâneo, do fragmentário e, em última instância, do indizível. Mostrar-se-á que a compreensão desse fenômeno por Kant, que pressupõe uma comunidade intersubjetiva de compartilhamento de gostos e significados e, ao mesmo tempo, um mesmo mundo objetivo de referências, aponta para a instanciação de um sentido suprassensível nas manifestações artísticas, em cujo âmbito a arte assoma, sobretudo, como criação e liberdade.