Mundos em construção: design [projeto], gerenciamento e a reforma da cultura organizacional
DOI:
https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2016.29390Palavras-chave:
Experiência, Interação, Pensamento do design [design thinking], Inovação, Organizações, CulturaResumo
A inserção do pensamento do design [design thinking] e mesmo do design na gestão das organizações se encontra em uma fase bem inicial. Até aqui, a maioria das pesquisas e aplicações do design se concentrou em investigar atitudes, habilidades, métodos e técnicas. Estes atributos foram aplicados a questões táticas relativas ao desenvolvimento de produtos e serviços, a questões das operações organizacionais e a problemas de visão e estratégia das organizações. Mas existe uma premissa que distingue o design como prática de gestão entre as outras escolas de gestão adotadas ao longo do século passado. Esse princípio destaca a qualidade da experiência oferecida a todos aqueles atendidos pelas organizações, tenham fins lucrativos ou não, ou, ainda, sejam elas organizações governamentais. Essa movimentação do design em meio à área da gestão e como serviço para a gestão tem por objetivo reformar a cultura organizacional. Trata-se da atividade ser rentável para as organizações, ao melhorar a vida dos indivíduos, mas também serve a propósito mais profundo. Em seu melhor aspecto, o design busca inserir inovações – às vezes inovações radicais – em organizações que devem adaptar-se a novas circunstâncias da competição econômica, da expectativa social e da compreensão da cultura. Este é o desafio antecipado décadas atrás pelo famoso designer George Nelson, quando o uso tático do design visando o desenvolvimento de produtos era o centro das atenções. Essa sua nova extensão se aprofunda na cultura organizacional e oferece a possibilidade de gerar consequências significativas.