MEMÓRIAS DO MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS EM TERESINA, PIAUÍ, BRASIL DOS SÉCULOS XX E XXI

os primeiros passos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2024.82270

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar as trajetórias e experiências políticas, sociais e culturais de mulheres negras, no período compreendido entre os anos de 1980 a 2000, na cidade de Teresina-PI. Supomos que suas trajetórias estão marcadas por uma dinâmica que remete à sua condição diaspórica expressa nos diferentes sentimentos de resistência, luta e pertencimento alicerçados na ancestralidade e na sabedoria africana que são reinterpretados e reinventados cotidianamente no ambiente de diáspora. Ademais, são mulheres que possuem uma práxis que visa não só transformar a vida de outras mulheres negras, mas a própria sociedade, uma vez que quando elas se movimentam toda a estruturas da sociedade se movimentam com elas (DAVIS, 2017).

Biografia do Autor

Juliana, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI

Mestre em História pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana-UNILA. Especialização em Ensino de História afro-brasileira e indígena pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN, Especialização em Direitos Humanos e Movimentos Sociais pela Universidade Estadual do Piauí- UESPI e Especialização em Ensino de História e do Mundo Contemporâneo pela Universidade Federal do Piauí-UFPI, Graduação em História -UESPI. Pesquisadora filiada ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro -NEPA, e ao Núcleo de Estudos e Pesquisa em História e Memória da Escravidão e do Pós-abolição (SANKOFA).

IRANEIDE SORES DA SILVA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI

Doutora em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia/UFU; Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará/UFC; Graduada em História pelo Uniceub/DF. Professora do Departamento de História da Universidade Estadual do Piauí/UESPI e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade e Cultura/UESPI. Coordenadora do SANKOFA - Núcleo de Estudos e Pesquisas em História e Memória da Escravidão e do Pós-Abolição da UESPI; Presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadorxs Negrxs/ABPN (2022-2024); Presidente da Comissão de Heteroidentificação das políticas de Ações Afirmativas da UESPI (2019-2021). Coordenadora Nacional do Consórcio Nacional dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros/CONNEABS (2020-2022); Pesquisadora filiada a Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as)/ABPN; Editora da Revista da ABPN; Membro Titular da Comissão Nacional de Políticas de Educação em Direitos Humanos (MEC/SECADI - Portaria nº 1.933, de 20 de Outubro de 2023); Membro Titular da Comissão Nacional para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Cadara), (MEC/SECADI - Portaria nº 1.355, de 14 de julho de 2023); Membro Titular do Comitê de Popularização da Ciência e Tecnologia (Comitê Pop)- (MCTI); filiada a Associação Nacional de História/ANPUH; membro do Coletivo de Historiadorxs Negrxs Brasileiros; membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afros/NEPA/UESPI; também, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Africanidades e Afrodescendências/IFARADÀ/UFPI; Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Relações Étnico-Raciais, Movimentos Sociais e Educação/N’UMBUNTU/UFPA. Sócia Fundadora do Coletivo de Intelectuais Negrxs Brasileirxs/CDINN (2021); Sócia Fundadora do Ayabás – Instituto da Mulher Negra do Piauí (2009); Sócia Fundadora da Kilombo – Organização Negra do Rio Grande do Norte (1989); foi membro da comissão brasileira na III Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e outras formas de Discriminação em Durban, África do Sul (2001). Consultora da Unesco (2003 a 2004; e 2014-2014), do Unicef (2010-2010). Servidora Comissionada do Ministério da Educação (2004-2007).  No campo do ensino e da pesquisa, tem atuado especialmente nos seguintes temas: educação para as relações étnico-raciais. Escravidão Negra e Urbana Séc. XIX; História e Imprensa; Cidades do Sec. XIX; São Luís do Maranhão do Séc. XIX - Educação Tecnológica; Raça; Identidades; formação de professores sobre a Lei 10639/03 e a Educação para as Relações Raciais; Políticas de Ações Afirmativas; Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Nos últimos tempos tenho pesquisado sobre histórias e trajetórias de mulheres negras afroatlânticas e cidades negras do Séc. XIX e, políticas de ações afirmativas.

 

PRODUÇÕES MAIS RECENTES

ARTIGOS:

 

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TESE: SILVA, Iraneide Soares da. É preta, é preto em todo canto da cidade: história e imprensa na São Luís/MA (1820 - 1850). 2017. 202 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. Disponível em http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2017.68.

LIVRO:

 

SILVA SOARES, Iraneide. ABRINDO CAMINHOS, CONSTRUINDO NOVOS ESPAÇOS DE AFIRMAÇÃO: ações afirmativas para a população negra brasileira na educação profissional e tecnológica. Editora Appris, Curitiba, 2011.

1.

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Publicado

2024-06-06

Edição

Seção

n. 30 (2024): Intelectuais, movimento negro e antirracismo no século XX