REDE BRASILEIRA DE MULHERES CIENTISTAS (RBMC) E O ENQUADRAMENTO DA DESIGUALDADE DE GÊNERO NAS MÍDIAS SOCIAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2023.79565

Resumo

Este artigo busca compreender a atuação da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) e a mobilização da desigualdade de gênero nesse processo. Realizou-se análise do Enquadramento da comunicação da RBMC (Youtube, Instagram, Facebook, Twitter e site) e portais que noticiaram sobre a Rede nas mídias sociais, em seu primeiro ano de atuação (abril 2021/2022). A análise do frame “desigualdade de gênero”, central para a Rede, ratifica a condição complexa e histórica das mulheres, o agravamento com a deslegitimação da ciência e a Covid-19; evidencia violências diversas que enfraquecem políticas públicas, causam inseguranças e risco de morte; sobretudo às mulheres pobres, negras e de regiões periféricas. Conclui-se que a RBMC, em seu ativismo digital, interseccional, busca dar visibilidade às mulheres, intervir na agenda pública e ratificar que a ciência não é neutra, mas ponto de partida para políticas públicas mais justas.

Biografia do Autor

Juliana Guimarães e Silva, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ. Pós-Doutorado em Saúde Pública - Universidade do Porto, Portugal. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza, Especialista em Emergência pela Universidade Estadual do Ceará e Enfermeira pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente atua como Professora Visitante do Colégio de Estudos Avançados da Escola de Desenvolvimento e Inovação Acadêmica, Universidade Federal do Ceará ? CEA/EIDEIA/UFC. Atuou como pesquisadora no Observatório Ibero-Americano de Saúde e Cidadania (ISPUP- Universidade do Porto/UFPB/DGP/CNPq). Atuou como pesquisadora colaboradora do Centro Latino-Americano de Estudos em Violência e Saúde Jorge Carelli - CLAVES/ESNP/FIOCRUZ (2010 a marços de 2015). Desenvolveu atividade docente no curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ e no curso de Enfermagem do Centro Universitário IBMR. Colaborou com o curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza na linha de pesquisa Violências, Segurança e Cidadania. Revisora da Revista Brasileira de Segurança Pública e da Revista de Enfermagem da Universidade de São Paulo - USP. Possui experiência profissional e docente na área de Políticas Públicas, Saúde Coletiva, Saúde Mental e Metodologia da Pesquisa. Atua como pesquisadora principalmente nos seguintes temas: Saúde Pública, violência e juventude, estudos de gênero, políticas públicas, segurança pública, avaliação de serviços de saúde, imigração, vulnerabilidades sociais e cidadania.

Carmenm Emmanuely Leitão Araújo Araújo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

  • Possui graduação em Psicologia (2004) e mestrado em Saúde Pública (2009) pela Universidade Federal do Ceará - UFC, doutorado (2017) e estágio pós-doutoral em Ciência Política (2018) pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. É Professora Adjunta no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (DSC/FAMED/UFC), onde coordena o Internato em Saúde Coletiva. Coordena o Núcleo de Saúde Coletiva da UFC (NESC/UFC) e o grupo de pesquisa Observatório de Políticas Públicas de Saúde (OPP-Saúde/UFC). Integrante e membro do colegiado coordenador da Comissão de Política, Planejamento e Gestão da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Comissão PPG/Abrasco). É professora permanente do colegiado do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP/UFC) desde 2019. Coordenadora do PPGSP/UFC no período 2020-2021 e 2021-2023. Foi Integrante Titular da Comissão setorial de Avaliação da FAMED/UFC (2021-2022). Membro do Centro Interinstitucional de Análise de Políticas Sociais (CIAPSoc/UFMG). É integrante efetiva do Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza, compondo a Mesa Diretora deste conselho (Gestão 2022-2024). Desenvolve e possui interesse em pesquisas relacionadas à Análise de Políticas Públicas de Saúde

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Publicado

2023-12-23

Edição

Seção

n. 29 (2023): Gêneros, poderes e sexualidades nas tramas da história