O DESPERTAR DA HOTELARIA FRIBURGUENSE NO SÉCULO XIX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2023.76161

Palavras-chave:

Hotelaria, Estrada de Ferro Cantagalo, Nova Friburgo, Turismo

Resumo

O presente artigo apresenta como a hotelaria se desenvolveu em Nova Friburgo. Tendo como recorte temporal o fim do século XIX e o início do século XX, diversos meios de hospedagem surgiram como resultado da expansão e interiorização da malha ferroviária que prioritariamente era planejada ao escoamento da produção cafeeira, bem como fruto da europeização dos hábitos de viagem das elites do Rio de Janeiro e de Niterói. Estas, por sua vez, buscavam ora a fuga da insalubridade e das altas temperaturas, bem como tratamentos de saúde junto à “Cidade Salubre”. Fruto de pesquisa de abordagem qualitativa, recorrendo a dados secundários e imagens dos meios de hospedagem e do modal de transporte, objetiva-se desvelar que em pleno interior do Rio de Janeiro do século XIX já havia uma relevante cena hoteleira que marcou as relações sociais tecidas até hoje junto a Nova Friburgo.

Biografia do Autor

Dan Gabriel D Onofre, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professor do Departamento de Economia Doméstica e Hotelaria (DEDH) do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ). Mestre em Desenvolvimento Rural pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PDGR/UFRGS). Bacharel em Turismo pela Escola de Turismologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Também é técnico em Agropecuária Orgânica pelo Colégio Técnico da UFRRJ (CTUR). É líder do grupo de pesquisa de Estudos Sociais em Hospitalidade e Lazer.

Maria Amalia Silva Alves de Oliveira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Vinculada ao Programa de Pós Graduação em Memória Social e do Programa de Pós graduação em Ecoturismo e Conservação. Professora Associada do Departamento de Turismo e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Graduada em Turismo e ciências sociais. Mestre e Doutora em Antropologia (UFRJ). Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq e Jovem Cientista Faperj.

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Publicado

2023-08-30

Edição

Seção

n. 28 (2023): Por uma História do Turismo: atividade e fenômeno turístico em perspectiva histórica