PROTOTURISMO EM MACEIÓ-AL [BRASIL]: PERSCRUTANDO NARRATIVAS DE VIAGEM
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2023.74935Palavras-chave:
Turismo, Narrativa de Viagem, Destino Turístico, Maceió-AL (Brasil).Resumo
Seguindo o método Histórico-Cultural do Urbano, proposto por Pesavento (2002), este trabalho repesca, de modo preliminar, registros e experiências narrados por viajantes à cidade de Maceió, capital do Estado de Alagoas [Brasil], em livros e outros escritos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica documental, tendo como recorte temporal o século XVII até as primeiras décadas do século XX, período que antecede a uma estrutura e organização turística mais consistente no local. O objetivo deste artigo, dado seu de teor introdutório a partir do corpus assim organizado, é o de lançar luz sobre o prototurismo da cidade, hoje importante destinação do segmento de sol-e-mar. Pode-se considerar que as observações registradas pelos viajantes e estudiosos dizem a cidade sob a lente do estranhamento ao ter como referente os modernos centros urbanos, caracterizando-a, ao seu modo, conforme a porta social pela qual adentrou-a.
Referências
AGASSIZ, L.; AGASSIZ, E. C. Viagem ao Brasil 1865-1866. Tradução e notas de Edgar Süssekind de Mendonça. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2000.
ALAGOAS, Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio. Perfil municipal de Maceió. Ano 4, nº 4, 2018.
ANDRADE, M. de. O turista aprendiz. Edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. Brasília: IPHAN, 2015.
BARREIRO, J. C. Imaginário e viajantes no Brasil do século XIX: Cultura e cotidiano, tradição e resistência. São Paulo: UNESP, 2002.
BARRETTO, M. O imprescindível aporte das ciências sociais para o planejamento e a compreensão do Turismo. Horizontes Antropológicos, V. 9, n. 2), 2003. pp. 15-29
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. V. I. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BEZERRA, E. J. de G.; VASCONCELOS, D. A. L. de. Roteiros para um novo modelo de turistificação: Do turismo de massa a águas alternativas (e alegorias) em Alagoas. In Silvana Pirillo Ramos (org.). Planejamento de Roteiros Turísticos. pp.113-130. Porto Alegre: Asterisco, 2012.
BRANDÃO, M. Vade Mecuum do turista em Alagoas. Edição Fac-Símile. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2013.
BRANDÃO, O. Canais e Lagoas. Maceió: Edufal, 2001.
BRANDÃO, O. O Caminho. Maceió: Edufal, 2007.
BRANDÃO, T. Folguedos Natalinos. Maceió: Edufal, 2003.
CAETANO, A. F. P. Nos confins, nas vilas e na comarca... A construção da autonomia política, administrativa e jurisdicional Alagoana. (Século XVI-XVIII). In Antônio Filipe Pereira Caetano (Org). Alagoas e o império colonial português: ensaios sobre poder e administração (séculos XVII-XVIII). p. 13-43. Maceió: Cepal, 2010.
CAMPELLO, M. de F. de M. B. A construção coletiva da imagem de Maceió: Cartões-postais 1903/1934. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano, Universidade Federal de Pernambuco, 2009.
CAMPELLO, M. de F. de M.; et al. Certidão de nascimento de Maceió. Rev. Eletrônica Cent. Interdiscip. Estud. Cid., V. 9, n. 2, pp. 420-455, 2017.
CAMPOS, L. J. de; TADIOTO, V. M. ‘Coisas-A-Saber’ no Turismo: Reflexões sobre o Conceito de Segmentação. Revista Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, V.13, n. 4, pp.1069-1087, 2021.
CARVALHO, C. P. de. Economia popular: Uma via de modernização para Alagoas. Maceió: Edufal, 2005.
CARVALHO, C. Formação histórica de Alagoas. Maceió: Grafitex, 1980.
CARVALHO, A. de. O Sururu. Revista da Semana. Anno XXXI, n. 15. Rio de Janeiro, 29 de março de 1930.
COSTA, C. Alagoas em 1931. Anuário Estatístico. Governo do Estado de Alagoas, 1932.
DA SILVA NETO, E. V. Maceió nos registros do turista aprendiz Mário de Andrade. In História de Alagoas (site) publicado em 31 de maio de 2021.
DA SILVA NETO, E. V; BEZERRA, E. J. de G. Imaginário Sururu: Um patrimônio a contrapelo. Revista Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, V. 6, n. I, pp. 96-116, 2014.
DUARTE, A. Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina nas Alagoas: A viagem realizada ao Penedo e outras cidades sanfranciscanas, à cachoeira de Paulo Afonso, Maceió, Zona Lacustre e região norte da Província (1859/1860). Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Maceió: Cepal, 2010.
FLECK, E. C. D. De terra de ninguém à terra de muitos: olhares viajantes e imagens fundadoras (do século XVII ao XIX). Coleção História Geral do Rio Grande do Sul - Colônia. Passo Fundo, RS: Méritos, 2006.
FRANÇA, J. M. C. A Construção do Brasil na literatura de viagem dos séculos XVI, XVII e XVIII: Antologia de textos (1951-1808). Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
GARDNER, G. Viagens no Brasil: Principalmente nas províncias do norte e nos distritos do ouro e do diamante durante os anos de 1836-1841. Rio de Janeiro: Nacional, 1942.
GASTAL, S. Turismo, imagem e imaginário. São Paulo: Aleph, 2005.
GASTAL, S. Turista cidadão: Uma contribuição ao estudo da cidadania no Brasil. In Anais... XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, UnB, 6 a 9 de setembro de 2006.
GASTAL, S.; DA SILVA NETO, E. V. Turismo e Cultura: O Carnaval na Cidade de Maceió (Brasil). Revista Lusófona de Estudos Culturais, V. 8, n. 1, pp. 221-239, 2021.
GASTAL, S.; MOESCH, M. Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Aleph. 2007.
GRAHAM, R. Brasil-Inglaterra (1831). História geral da civilização brasileira. V. 4, n. 2. Brasil Monárquico. São Paulo: Difel, 1974.
HENRIQUES, C. Turismo, cidade e cultura - planejamento e gestão sustentável. Lisboa: Silabo, 2003.
IANNI, O. Enigmas da Modernidade-Mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cidades, Maceió, 2023.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO ARTÍSTICO NACIONAL - IPHAN. Dossiê de Candidatura da Serra da Barriga, Parte Mais Alcantilada. Quilombo dos Palmares a Patrimônio Cultural do Mercosul. São Carlos: Cubo, 2017.
IVO, L. Calabar – Um poema dramático. In Poesia completa (1940-2004). pp. 687-740. Rio de Janeiro: Topbooks, 2004.
JAFARI, Jafar. La cientifizacion del turismo. Estudios y Perspectivas en Turismo, V. 3, n. 1, 1994, pp. 7-36.
KELLER, P. Uma nova maneira de ver o turismo global. Análises regionais e globais do turismo brasileiro. pp. 3-17. São Paulo: Roca, 2005.
KIDDER, D. P. Reminiscências de viagens e permanências no Brasil: Províncias do Norte. Brasília: Senado Federal, 2008.
LE GOFF, J. História e memória. Campinas-SP: Unicamp, 1990.
LIMA, I. F. Maceió a cidade restinga: contribuição ao estudo geomorfológico do litoral alagoano. Coleção Pensar Alagoas, Cepal, 2010.
LINDOSO, D. Uma cultura em questão: a alagoana. Maceió: Edufal, 1981.
LINDOSO, D. A utopia armada. Rebeliões de pobres nas matas do tombo real. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
LINDOSO, D. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Catavento, 2000.
LINDOSO, D. Interpretação da Província. Estudo da Cultura Alagoana. Maceió: Edufal, 2005.
LIRA, F. J. de. Formação da riqueza e da pobreza de Alagoas. Maceió: Edufal, 2007.
LIRA NETO. Getúlio: Do governo provisório à ditadura do Estado Novo (1930/1945). 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
MACEIÓ, Conselho Municipal de Turismo de. Um olhar sobre o turismo de Maceió – Oferta x demanda. Resumo executivo. Marcela Pimenta Campos Coutinho, Jannyne Lima de Meira Barbosa (Org.). Brasília: IABS, 2016.
MAFFESOLI, M. O imaginário é uma realidade. Revista Famecos, 15, pp. 74-87, 2001.
MORAIS, J. de A. L. Apontamentos de viagem: De São Paulo á capital de Goyaz, desta á do Pará, pelos rios Araguaya e Tocantins, e do Pará á Côrte. Considerações administrativas e políticas. [s.l.: s.n.]. 1882. Link. Último acesso em 9 de março de 2023.
NERI, M. Mapa da nova pobreza. Rio de Janeiro: FGV, 2022.
PEDROSA, J. F. M. Histórias do velho Jaraguá. Maceió: Talento, 1998.
PESAVENTO, S. J. O imaginário da cidade: Visões literárias do urbano - Paris, Rio de Janeiro, Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2002.
RIBEIRO, M. M. O gênero narrativo de viagem na literatura ocidental. In Anais... XIII ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. 12 a 15 de setembro. Salvador-BA, 2017.
RODRIGUES, A. B. Turismo e espaço: Rumo a um conhecimento transdisciplinar. São Paulo: Hucitec, 1997.
ROUSSIN, A-R. Le Pilote Du Brésil: Description des Cotes de L'amérique Méridionale Entre L'ile Santa-Catharina Et Celle De Maranhao. Paris: Imprimerie Royale, 1845.
SAUER, A. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Império do Brazil para 1883. H. Laemmert & C.: Rio de Janeiro. 40º anno. 3º volume, 1883.
SILVA, P. Desafios da gestão patrimonial e economia em Portugal. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 39. Gestão turística em sítios patrimoniais: Boas práticas internacionais. pp. 101-115 Brasília: IPHAN, 2019.
SILVA, S. A “roda de Maceió” e o projeto regionalista: Uma perspectiva etnográfica das disputas ocorridas no mundo do livro dos anos 1930. Ciências Sociais, V. 42, n. 2, pp. 91-107, 2011.
SIMÕES, M. de L. N. De leitor a turista na Ilhéus de Jorge Amado. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 6, n. 6, p. 177-184, 2002.
SOUSA, G. S. de. Tratado Descriptivo do Brasil em 1587. 2 ed. mais correcta e accrescentada com um additamento. Rio de Janeiro: Typographia de João Ignacio da Silva, 1879.
SOUZA, A. M. de. Viagens e observações de hum brasileiro. Tomo Primeiro. Rio de Janeiro: Typ. Americana, 1834..
VASCONCELOS, D. A. L. de; ARAUJO, L. M. de; RAMOS, S. Evolução histórica do destino turístico Maceió-Alagoas-Brasil: de antecedentes à atual situação. Revista Iberoamericana de Turismo, V. 6, n.1, pp. 139-164, 2016.
VERAS FILHO, L. História do Turismo em Alagoas. Maceió: Sergasa, 1991.
VINUESA, M. Á. T.; TORRALBA, L. T. Cidades patrimoniais e turismo: Uma experiência espanhola. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 39. Gestão turística em sítios patrimoniais: Boas práticas internacionais. pp. 129-155, 2019.
YÁZIGI, E. A alma do lugar: turismo, planejamento e cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista Transversos concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à Revista Transversos o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, com a finalidade de aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Neste caso, você deverá fornecer o crédito apropriado e um link do repositório original.
