A família Steiger: digressões ou reminiscências escravistas no pós-abolição? (Bahia, 1860-1890)
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2022.64765Palavras-chave:
Steiger, Bahia, Mentalidade, AboliçãoResumo
O objetivo deste artigo é abordar reflexões da família Steiger de Ilhéus sobre a escravaria da fazenda Victoria, antes, durante e depois da Abolição. Para isto, utilizaremos como corpus documental o livro Mato Virgem, a biografia sobre Ferdinand Steiger e a nota auxiliar sobre a plantation Victoria. Nossa balizas temporais percorreram as décadas de 1860 a 1890, através de uma microanálise das ideias de Ferdinand Steiger e outros membros dessa família sobre a escravidão, os escravos e libertos dentro desse contexto.
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